terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O mundo das aparências

Certo dia, rolando o feed de notícias do meu facebook, deparei-me com uma "notícia" um tanto comum para essas redes, mas inusitada ao mesmo tempo (a palavra notícia está entre aspas porque o que é colocado nesta rede social é de fato questionável), mas, que de alguma forma, chamou minha atenção e me fez clicar no link da matéria.
A notícia tinha o seguinte título: "Namorada de Flavio Canto rebate críticas ao corpo: 'Que minha bundinha mole e caída continue aqui, porque sou feliz com ela'." (Confira a matéria no link:  http://m.extra.globo.com/famosos/namorada-de-flavio-canto-rebate-criticas-ao-corpo-que-minha-bundinha-mole-caida-continue-aqui-porque-sou-feliz-com-ela-18120857.html). A fala de Roberta Maia está relacionada com o fato de internautas criticarem o bumbum da moça após fotos do casal na praia serem colocadas em um site. Com comentários invasivos e de baixo calão, os frequentadores do site questionavam o tamanho e aparência do bumbum de Berta.
Onde nosso mundo irá parar se ao invés de nos preocuparmos com questões sociais, econômicas, políticas, entre tantas outras, estamos preocupados em questionarmos a magra demais, a gorda demais, a sem peito, a sem bunda, enfim, todas as "imperfeições" taxativas que o mundo impôs a partir dos estereótipos que foram criados?
Até quando as pessoas irão olhar para o exterior ao invés de olharem para o interior? Até quando as diferenças serão mais questionadas do que o caráter? Até quando as críticas em relação à aparência física terão mais destaque do que crianças que passam fome, que não tem educação e muitas vezes nem pais, por exemplo?
Está na hora de mudar o rumo das críticas, de começar a enxergar o próximo de maneira diferente, de olhar para quem está à sua volta com compaixão, humildade. Está na hora de quebrar estereótipos e começar a olhar para o interior, pois é nele que estão todas as preciosidades do ser humano. Se cada um ignorar o que o mundo nos impõe como padrão de beleza, talvez possamos começar a mudar as coisas por aqui.