A rivalidade entre os times de futebol São Paulo e Corinthians cresce cada vez mais com o passar dos anos. Mas essa informação não me afetava tanto até um evento ocorrer em minha vida; falarei dele daqui há algumas linhas. Bom, sou são paulina desde que me conheço por gente, influência do meu pai, com certeza. Minha mãe nunca foi ligada nesses assuntos futebolísticos, assim como parte da população brasileira feminina. O futebol comove a maioria dos homens, que vibram, torcem, se emocionam e até choram pelos times de coração. Acredito então, que nasci com alguma porcentagem de gene masculino, pois vibro, torço, me emociono, só não choro pelo meu time; isso quando tenho tempo de sentar em frente à TV e assistir aos jogos. Não paro minha vida, não deixo de fazer as coisas, não me deprimo se há derrota, não fico na internet buscando pelas classificações do São Paulo na tabela do Brasileirão, do Paulista, da Libertadores, enfim, de nenhum campeonato. Ufa! Agora posso ter a certeza que a maior parte dos meus genes ainda são femininos, conclusões particulares, é claro. Enfim, o que posso concluir de tudo isso é que eu torço para o São Paulo, e como todo são paulino, nunca me simpatizei com o Corinthians, coisas de torcedor.
Mas, volto ao evento que talvez inconscientemente tenha mudado minha percepção sobre futebol, na verdade, minha percepção sobre os rivais Corinthians e São Paulo: há mais ou menos quatro anos eu me apaixonei por um corinthiano, sim, um desses mesmo. Um namorado que tem todas as particularidades do homem torcedor, e ainda por cima corinthiano, o que faz com que todas aquelas características citadas há pouco se tripliquem na intensidade. O que quero dizer é que meu namorado é daqueles corinthianos sofredores, que se deprime quando perde um jogo televisionado, que vibra, torce intensamente (o que é muito irritante, confesso) e até é capaz de chorar ao ver o time perder. De qualquer maneira, seja pelo celular ou internet, quando não tem uma televisão por perto, ele dá um jeito de acompanhar todos os lances da partida, eu disse TODOS. E mais um probleminha técnico, ele sabe a classificação do time em todos os campeonatos disputados, e não só o time dele, mas dos dez primeiros, eu imagino. Não sei, mas tenho a sensação que meu namorado passa horas e horas na frente de um computador pesquisando a história, conquistas e derrotas de cada time; não tenho nem a oportunidade de vangloriar o São Paulo, porque parece que ele aciona o microchip de históricos futebolísticos no cérebro e de um jeito inexplicável consegue rebaixarmeu time, para que eu não tenha argumentos que o defendam. Haja paciência. E é por tudo isso que a minha rivalidade São Paulo versus Corinthians se acendeu; além do que é natural entre esses dois times, eu ainda arrumei alguém que me lembra a cada segundo da existência do outro. Ainda bem que o amor sempre vence qualquer disputa, mesmo quando se trata de futebol.
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