O
Mundo de Larissa dá início ao mês de outubro de uma maneira
diferente. Rolando o feed de
notícias do meu Facebook, me deparei com o texto abaixo. Não foi
escrito por mim assim como quase todos os textos deste blog, mas
traduz de forma clara aquilo que eu penso sobre relacionamentos, pelo
menos em relação ao tema abordado pela autora. Espero que gostem!
A
geração da rapidinha chegou. Foto bonita no Facebook, entra na
página, vasculha o perfil, descobre quem é pai, mãe, melhor amigo,
cachorro, casa de praia, onde passou o último verão, e quem foi a
última namorada. Adiciona como amigo. Aceitou. Manda Inbox.
Respondeu. 10 frases e passa o WhatsApp. -Oi, oi; por aqui é bem
melhor. -E aí, o que vai fazer no fds? -Vou na festa e vc? -Também.
-Então nos encontramos lá. Alguns dias de ansiedade e chega a hora.
Será que ele vai? Com que roupa eu vou? Batom vermelho? Acho que não
rola amiga. Vai de nude, salto e saia. -Oi, oi; prazer, prazer.
Beijos!!!! Beijos… Beijos sem muita conversa. Mas também, porque
beijos precisam ser quase imediatos? Daí rola aqueles olhares sem
muita profundidade. Vontade sem muito entusiamo. Mas o que podemos
esperar de uma relação tão sem “relação”? Mas está bom,
melhor que nada. Vida de solteira anda meio difícil não é mesmo?
-Deixa que eu te levo em casa então.
No
outro dia de manhã tem WhatsApp. Quem manda primeiro? Quem está
mais interessado? Não, quem é mais maduro. Um oi e um tchau. Uma
noite, duas noites… Uma semana e uma mudança de lua são
suficientes para acabar. A regra das relações rapidinhas segue a
mesma constância: acho que não era para ser. É alto demais, é
loiro, não trabalha, tem poucos seguidores, vive na balada, gosta de
comer milho na frente dos outros e tem uma família meio torta.
“Nada”, isso é o que significa as características que usamos
para terminar alguma coisa que mal teve a chance de começar. A gente
corta as asas de quem nem aprendeu a voar ainda. As pessoas perderam
o olhar longo, a jogada de cabelo… Perderam a emoção de um sms
escrito “estou com saudades”. Será que ninguém mais tem vontade
de olhar as estrelas sem pensar em mais nada além daquele momento?
Com aquela pessoa? Será que eu estou sozinha nesse mundo super
lotado de pessoas sempre online?
Parece
que nada mais tem graça, parece que tudo anda meio vazio. Tudo é
tão igual. A gente está perdendo a sutileza de saber o que
significa se entregar, merecer, conquistar, estar, viver… Se
perceber e se doar. Se amar e admirar a cor dos olhos do outro. A
textura do cabelo, os ossinhos da mão e o jeito de andar rápido
quando está atrasado. Sabe aquela voltinha na coluna que ninguém
tem igual a ninguém? Ninguém mais repara nela. A gente existe por
likes. Viaja por comentários, e vai para academia pelo espelho. A
legging mais confortável perdeu espaço para a mais bonita. Essa é
a lógica das relações de hoje: o que faz bem foi deixado de lado
pela triste beleza do que faz mal. Eu tenho medo de pensar onde isso
vai parar. Em um mundo onde se compra casamentos, seguidores,
silicones, bocas carnudas e o perfect365 é de graça, eu fico
pensando: será que um dia alguém ainda vai reparar quantos tipos de
sorriso eu tenho?
Texto: Suh Riediger
Texto: Suh Riediger
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